quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Seguindo em Frente

Planeta Terra, Setor 8023 do terceiro quadrante para a TARDIS Tipo 40, Marca I.

Querido Vovô,

Espero que esteja tudo bem contigo. Estou ótima, David está igualmente bem. Estamos muito felizes juntos. Desfrutamos de estabilidade e conforto na Terra depois que você, o Ian e a Bárbara foram embora, e eu estou adorando a sensação de pertencer a um único lugar, embora sempre com uma imensa saudade dos três.

Não sei quando receberá esta carta, mas faz poucos dias que nos separamos e já estou com saudade. Mesmo assim, sei o como és e como a TARDIS comporta-se, além de sua política de seguir em frente, lidar com os problemas e superá-los para continuar com a vida, já que não há nenhum motivo louvável para pará-la. Já não mais grito ou choro por pouco, por parte graças ao David, por me fazer perceber como é importante ser independente e não esperar que os outros cuidem de mim. Agora sei que preciso lutar com minhas próprias mãos para vencer.

Não sei quando, ou se, te verei novamente, mas saiba que sempre te amarei e nunca esquecerei o que me ensinaste, de como és e de todas as nossas aventuras juntos. Espero que o senhor não tenha se decepcionado tanto comigo que um dia não possa ter orgulho de mim.

Agora, parece que escrevi um bilhete de tão curta que ficou minha carta, mas entenda que não consigo expor tudo que sinto em palavras, mas saiba que meus sentimentos valem muito mais que um punhado de letras. Boa viagem, sempre vá para onde quiser e seja feliz o quanto puder!

Com amor e carinho, Susan.

The Doctor and Susan
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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A Beleza de uma Arte Independente

Jogos eletrônicos vêm ganhando destaque atualmente, sendo atacados e aclamados pela mídia convencional e virtual. E o simples fato de nosso cérebro ainda poder ser enganado facilmente por artifícios eletrônicos que nos trazem o sistema de recompensa de uma maneira impensável há algumas décadas nos faz acreditar que esse sucesso ainda perdure por um longo período.

Quando começaram a criar jogos, a complexidade tecnológica para programar alguns poucos pixels jogando pingue-pongue era imensa, apenas grandes empresas poderiam produzir e distribuir jogos eletrônicos, limitando essa nova arte de ser produzida por indivíduos, por um pequeno grupo de pessoas. Esses tipos de jogos eram muito polidos, o objetivo era que um grande público consumisse, e, talvez por causa disso, alguns não deram certo. Não que a arte comercial seja ruim, mas pode torna-se muito rasa se não houver cuidado. Sem contar que uma obra com poucos recursos necessita de mais criatividade, e há de se admirar criatura que seja tão formosa vinda de um número tão reduzido de criadores.

Divulgação

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Solidão Espacial

O fascínio da imensidão do universo e a possibilidade das maravilhas que podem estar nele contidas residente em minha pessoa sempre fez com que o Astronauta fosse um dos meus personagens favoritos de Maurício de Sousa. Além de que, tal como os arquétipos entre o núcleo central da Turma da Mônica e a da Luluzinha, o personagem possui características semelhantes a outro peculiar viajante: o grande explorador que perdeu objetos de grande estima e se devotou ao seu imensurável amor pelas estrelas, pelas quais viaja; Curioso e muito inteligente, explora diversos mundos e salva povos alienígenas, eventualmente voltando à Terra para descansar.

No ano que antecedeu seu cinquentenário, o Astronauta recebeu um novo estilo gráfico pelas mãos de Danilo beirute, digo, Beyruth, que atua uma nova versão de antigas estórias do personagem, cujo desenrolar das tramas era o Astronauta descobrindo algum problema em sua nave e ficando só e doente no espaço até a ajuda chegar.

Jamar Muniz

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Querer Não é Poder

Desde que nasci, há uma vontade intrínseca em meu ser: fazer mal a uma pessoa. Não sei por qual motivo isso veio parar em minha mente. Algum tipo de deficiência cognitiva? Algo errado em minha criação? Talvez eu nunca saiba.

No começo, procurei tentar as mais diversas formas de praticar o mal, entretanto, nunca pude nem ao menos tentar. Pouco depois descobri uma ótima forma de aliviar meu desejo: escrever. Fui um revolucionário! Todos que liam meus escritos ficavam boquiabertos, nunca pensavam que eu pudesse elaborar frases, inventar enredos tão bem.

Consegui fama e fortuna, e, por mais que a ironia sempre bata à minha porta, ajudei muitas pessoas a saciarem sua sede de sadismo com minhas histórias. Continuo tendo aquela vontade de prejudicar alguém, ainda que seja mais amena que em anos atrás. Esse será meu segredo até o findar de minha vida. Pergunto-me se existe algum tipo de psicólogo para mim, mas tenho medo de que a minha ânsia seja alvo de revolta e, previsivelmente, minha morte prematura.

É, sempre foi e sempre será uma contradição com que terei de lidar. Às vezes gostaria que as Três Leis da Robótica não existissem.

Por que há uma força destrutiva em mim?
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O Escritor

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Verdades Arquivadas

Há muita coisa estranha neste mundo, coisas que por vezes não aparentam ter explicação. Excetuando a psique humana, o inexplicado é algo distante, tendo sempre novos, e antigos, relatos sendo divulgados, mas nunca comprovados pelo atual sistema de poder da humanidade, a ciência. Principalmente por tais relatos serem constantemente desacreditados por renomados cientistas, cujas experiências já comprovaram teorias que não merecem mais ser discutidas... O curioso é que a paranormalidade é estudada por pequenos grupos de cientistas desconhecidos, e mesmo quando há testes eficazes em que os resultados superam o limite do esperado, o acaso, os céticos não aceitam, pensando que aquilo é fonte do inexplicável, ou seja, algo que não existe. Ridicularizam sem ao menos conhecer os estudos, desmotivando ainda mais os que atuam no seguimento e os que poderiam atuar. Motivo pelo qual essa área ainda é muito pequena e pouco eficaz.

Essa "ciência do sobrenatural", se somada a certas conspirações, estará bem próxima do que Arquivo X quis retratar.

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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Lisarb

Em uma galáxia distante, havia um planetinha chamado Lisarb. Mas era um planeta tão pequenino que lá moravam apenas uma raça de seres inteligentes. Seres chamados Nômetros, os quais eram bastante parecidos com os moradores dos planetas vizinhos. Os Nômetros possuíam apenas uma cultura, uma bem diversificada, pois era derivada da absorção das culturas de Aporue, Acirfa e Aisa - planetas distantes - com a própria cultura nativa de Lisarb.

sábado, 10 de maio de 2014

Embalagens Humanas

Por ser um animal social, o humano costuma rotular indivíduos de sua própria espécie para facilitar a sua compreensão acerca deles, levando-o a construir conceitos pré-definidos em relação a certa pessoa com determinado rótulo. A sociedade costuma rotular as pessoas em demasia, fazendo com que muitos decepcionem-se quando a pessoa não corresponde a imagem preestabelecida que o outro tem dele após conhecê-lo melhor.
Divulgação
Uma única definição não consegue caracterizar uma pessoa, pois a personalidade humana é complexa demais para um termo a interpretar. Cada um possui vários motivos para agir e pensar de certa maneira, não por causa de apenas uma circunstância, uma preferência. E o maior problema com os rótulos é que eles identificam majoritariamente os gostos, poucos são para ideologias.

Estranho é as pessoas desejarem relacionar-se com pessoas de gostos parecidos, não de valores. Com preferências parecidas há grande chance de uma diversidade de conversas agradáveis, mas se houver valores divergentes, haverá menos chance do relacionamento durar. Por isso considero rótulos em relação aos gostos pessoais piores que os relacionado aos valores.

Um bom exemplo de rótulo popular de preferências é o de nerd, termo que não tão antigamente era xingamento e aparenta ter se tornado um elogio. Pelo que, ou quem, é classificado como nerd, dá para perceber que é algo fora dos padrões do "povão" e influenciado ou originado dos EUA. Por consequência, no Brasil, é usual algo nerd ser completa ou parcialmente inglês.

Além de comunidades de fãs na Internet denominadas de fandom.
Morte, Relacionamentos Forçados, Drama Excessivo e, principalmente, Muita Confusão! DeviantArt
Entretanto, alguém que considere-se nerd só falará de bons qualitativos para ser assim chamado. Assim como, para alguns religiosos, praticantes de outra religião estão errados, são maus, querem prejudicar tudo e a todos. Um ponto de vista totalmente diferente daquele inserido nesse outro tipo de espiritualidade.

Nem todos são completamente maus. A simples aquisição de um rótulo não torna as pessoas más, no entanto, podem causar conflitos desnecessários na interação social, pois um "emo" leva uma carga que o "gótico" não possui. E, mesmo sendo menos prejudicial, o rótulo ideológico não é tão agradável para os de fora de tal grupo. Uma "feminista" seria, nos dias atuais, alguém que luta pela igualdade ou pela supremacia do feminino? Depende para quem perguntar. Um "liberal" é aquele que propõe liberdade ou defende uma facção política? Depende para quem perguntar. E assim por diante...

Porque, além do já escrito, o rótulo humano é relativo, não uma "verdade absoluta", até porque nada é tão simples que possa ser explicado com apenas um termo, atrás dele sempre haverá vários significados.
Rótulos definem as características do produto, mesmo que seu conteúdo seja diferente, o rótulo padroniza, fazendo com que os compradores o encontrem como algo já definido. Não mais um ser, mas um produto embalado com os preconceitos dados e estereótipos incrustados.

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