domingo, 11 de março de 2018

Bruxaria à Brasileira

Harry Potter não é ruim, muito longe disso. Agora, incomoda-me muito pessoas chamarem a Jo de gênio por escrever os livros dessa saga. A escritora Joanne Rowling pode ter feito muito sucesso, mas não deixou de cometer vários erros em sua história do bruxinho britânico. Não escrevo como uma pessoa aversa a esse mundo de magia e bruxaria, tenho todos os livros e DVDs de Harry Potter, é um bom passatempo, há várias qualidades nessa obra. Mas também vários defeitos. O mais notável é a divisão de casas de Hogwarts, principalmente pelo destaque que Jo dá para Grifinória e Sonserina, as maniqueístas boa e má, e o quase completo esquecimento pela Lufa-Lufa, a casa da empatia, da aceitação, da igualdade. E tal defeito A Arma Escarlate não possui.

Arquivo Pessoal
Na maioria, se não for em todas, as entrevistas que a escritora Renata Pacheco Ventura dá, ela afirma que "já vinha pensando em como seria uma comunidade bruxa no Brasil há algum tempo, mas a ideia de escrever, de fato, o que eu estava imaginando, veio quando vi uma entrevista com a J.K. Rowling. Nela, um jovem norte-americano perguntava à autora se ela um dia escreveria um livro sobre uma escola de magia nos Estados Unidos. Ela respondeu que não, mas sugeriu que ele próprio escrevesse! Foi então que decidi fazer o mesmo, só que no Brasil!". E Renata não só fez, como melhorou absolutamente cada aspecto que Harry Potter apresenta, em A Arma Escarlate. Corro o risco de estar usando uma hipérbole, mas não lembro de uma só característica abordada nos livros da Jo que a Renata não aprimorou em seu primeiro livro do bruxinho brasileiro. É realmente impressionante a semelhança e a diferença entre as duas obras, são completamente distintas, contudo, por se passarem ambas no mesmo universo, há várias correlações.

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