quarta-feira, 7 de maio de 2025

Os Melhores Filmes de Março e Abril de 2025

Eu já tinha visto Longlegs cujo diretor é o mesmo de O Macaco, mas não esperava que este filme fosse tão bom! Ficarei de olho nos próximos longas de Osgood (que eu pensava ser nome de mulher, dada a personagem de Dr. Who).

Theo James que interpreta o protagonista e seu gêmeo do mal quando adultos está ótimo, mas Christian Convery que os interpreta quando mais jovens está perfeito; pensei até que se tratava de dois atores mirins! Não gosto da Tatiana que faz a mãe dos dois, mas ela felizmente dura pouco no filme e ainda tem uma morte marcante, um dos poucos momentos pesados da obra. O Macaco, inspirado num conto de Stephen King, é muito mais comédia que terror, mas de um humor sanguinolento. Também gostei de ver o Adam Scott, pena que ele teve pouco tempo de tela. O engraçado é que, por sua aparente morte pelo boneco assassino, depois, sua esposa só fala mal dele, pois pensa que ele abandonou a família.

A dublagem brasileira foi igualmente perfeita: Philippe Maia, Enzo Dannemann, Mariana Torres, Eduardo Drummond, Reginaldo Primo e Sérgio Cantú foram maravilhosos! Destaco o Enzo, que me enganou igual ao Christian por causa dos gêmeos jovens.


A Menina dos meus Olhos é um filme coreano (que por algum motivo eu pensei que fosse tailandês antes de começar a sessão) que retrata uma confortável comédia romântica, apesar de certas ousadias do roteiro, como mostrar um estudante com ereção na sala de aula. Apesar disso, o longa tem poucos defeitos, mas vale destacar que um dele me incomodou bastante: a trilha sonora, pois esta é onipresente e não dá descanso para apreciar certas cenas.

A atriz que interpreta a Oh Sun-ah a é a mais linda que vi no cinema neste ano até o momento. E a personagem dela ficava ainda mais bonita ao decorrer do filme.

No final, Sun gosta do Koo Jin-woo, mas não quer um relacionamento sério com ele por este ser imaturo. Ela diz que se alguém quiser dar um beijo nela, terá que beijar o noivo antes; e o protagonista faz isso.

A dublagem foi maravilhosa, principalmente dos protagonistas: Matheus Perissé entrega uma boa performance, um pouco diferente do que estou acostumado, acima da média, e a Bianca Alencar está perfeita; a maioria dos personagens que ela dubla são de voz aguda, mas Sun tem uma voz mais grave, madura, e foi perfeito ouvi-la nesse tom. Fiquei extremamente satisfeito com o trabalho da Bianca nesta produção, possivelmente seu melhor destaque da carreira até o momento… dos que conheço. Acho que Twilight Sparkle teria se beneficiado desse tom.


Kaiju Nº8 é um ótimo desenho cuja primeira temporada estreou ano passado e a segunda está programada para este ano. Mesmo já tendo visto todos os episódios em casa, decidi prestigiar um compilado deles no cinema, pois, como já dei a entender em Som da Liberdade, eu amo o cinema, é um lugar que me dá uma experiência mágica e muito mais aproveitável do que ficar vendo telas menores em casa. O cinema é um lugar confortável que, apesar do preço, vale a pena ir.

Missão de Reconhecimento refrescou minha memória e me preparou para os novos episódios que estão por vir, mas senti falta de algumas cenas marcantes da série; compreensível, contudo, já que incluir a completude do material audiovisual seria inviável. Ri muito com o protagonista e seu vice comandante, além de me deliciar com as cenas de ação espetacularmente bem animadas, tudo foi maravilhoso, inclusive a dublagem brasileira: Leonardo Santhos (Kafka Hibino) também interpreta o Reinhard van Astrea de Re:ZERO -Starting Life in Another World-; Heitor Assali (Reno Ichikawa), o Sanemi Shinazugawa de Kimetsu no Yaiba; Marianna Alexandre (Kikoru Shinomiya), a Azusa Aizawa de I've Been Killing Slimes For 300 Years And Maxed Out My Level; Yan Gesteira (Sōshirō Hoshina), o Shion Shiunji de The Shiunji Family Children.

E, para completar com chave de ouro, tem um mini episódio depois dos primeiros créditos finais em que Reno, Kikoru e outros seguem o Hoshina em seu dia de folga. A maioria das pessoas que estavam na minha sessão ficaram para ver, mas todos, exceto eu, saíram depois dos segundos créditos; fiquei até o fim para ver uma cena do vice comandante debochando de seus subordinados. Não acrescenta em nada à história principal, assim como todo o episódio, mas gostei de ver.

Esta animação franco-belga, que fiquei em dúvida se era 2D ou 3D,  foi uma grata surpresa; é facilmente uma das melhores estreias do cinema do ano! A Mais Preciosa das Cargas conta uma bela história, que o narrador começa em tom de comédia para depois apresentar um drama da segunda Grande Guerra. Não havia opção de dublagem brasileira, então vi legendado, o que não me incomodaria tanto se não fossem os erros de português. Outro defeito da exibição foi a telona ficar avermelhada em algumas cenas; desde Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível que eu não presenciava esse absurdo! Apesar disso, foi uma experiência maravilhosa. Não há menção dos “bigodistas”, nem dos que sofreram da onda de antissemitismo da época (e que, infelizmente, voltou a assolá-los hoje em dia), estes foram chamados de “Sem Coração”. Também há vários elementos de terror no filme, como cenas de esqueletos: horror real de preconceito que leva à morte, muito mais assustador que qualquer ficção pode criar, inclusive as “baseadas em acontecimentos reais” que algumas obras de exorcismo tentam emplacar; não que sejam ruins, mas não dão medo nem me fazem crer que realmente aconteceram.

Outra qualidade foi a trilha sonora, um belo piano.

A Mais Preciosa das Cargas só não é perfeito porque alguns detalhes eu tive dificuldade de entender, como a participação dos russos no enredo (pareceu-me desnecessário). Todavia, fiquei satisfeito com o final feliz e a cutucada do narrador aos que negam que o holocausto aconteceu e ainda acontece, não só com os judeus. Podem negar os fatos, só não podem negar o amor, pois, como bem disse o narrador, o amor é uma verdade verdadeira, ou seja, incontestável. E esta é a mensagem principal do longa.


Guerra nas Estrelas 3 foi lançado originalmente em 2005, mas como foi relançado mês passado, resolvi incluí-lo nesta lista. Eu nunca o tinha visto antes, pois vi Uma Nova Esperança e O Império Contra-Ataca e não gostei de ambos, mas decidi dar uma segunda chance à franquia com o relançamento de A Vingança dos Sith e adorei! Foi surpreendentemente ótimo, pude ver na telona várias cenas que viraram memes na internet e me diverti com os efeitos especiais que envelheceram perfeitamente bem. Só não gostei da atuação. Diferente do filme que comentei anteriormente, este é estadunidense, e eu não gosto do sotaque desse país nem da maioria das atuações. Infelizmente, fui a uma sessão legendada, mas fiquei feliz em não ter percebido nenhum erro de português na legenda (bem, talvez uma vírgula mal colocada…), isso compensou as vozes desagradáveis. Espero que com O Poderoso Chefão, que será relançado dia 19, seja assim também.

Não entendo por que os cinemas de Salvador raramente relançam filmes antigos com a maravilhosa dublagem brasileira. E só com sessões de noite! Queria que todo relançamento fosse como Interestelar, este, sim, foi uma experiência perfeita, amei demais: o melhor filme não animado que vi no cinema neste ano.


Por último, e, desta vez, menos importante: O Dia Que a Terra Explodiu merece uma menção honrosa, embora não seja tão bom como os listados acima. Eu amo Looney Tunes e adorei este lançamento, especialmente por ser uma animação 2D estadunidense, coisa que não era lançada na telona há mais de uma década! Os personagens são moderadamente bem desenvolvidos e a trama é divertida, mas o que brilha mesmo é a qualidade da animação. Obviamente, não chega nem perto das produções japonesas, mas captura muito bem a essência dos desenhos antigos que eu via quando criança, por isso que a destaco. O humor, embora acanhado, também remete aos bons e velhos tempos. Houve certos detalhes que me incomodaram, mas também não estragaram a minha experiência. Só senti falta do Pernalonga, pois este é a imagem da franquia para mim.

Espero que futuramente haja um novo filme com o mesmo estilo 2D e com os outros personagens lunáticos que tanto amo. Para finalizar, pontuo que estranhei o filme ficar em cartaz apenas uma semana e com poucas sessões, dado a gigante popularidade da marca. Ou os mais jovens já perderam o interesse por esses personagens? Espero que não. Ou, então, que as futuras obras dos Looney Tunes tenham como público-alvo os adultos.