Invencível é o melhor filme não-animado que vi no cinema em 2025 até agora. Se o Oscar não fosse uma premiação tão fajuta, premiaria esta preciosidade audiovisual. Nele, o autista Austin é o narrador-personagem que conta a história de sua família, que não é muito convencional. Austin pode ser o narrador, mas o protagonista desta obra é o pai dele, Scott, interpretado pelo excelente Zachary Levi, que foi o protagonista de um dos melhores filmes de super-herói que eu já vi: Shazam (inclusive, vi no cinema duas vezes). Scott tem toda uma jornada do herói muito melhor que a do Shazam, passando por momentos terríveis, como o alcoolismo, e tendo uma bela redenção. Este longa-metragem é um drama com toques de comédia que me encantou demais. Uma das cenas que mais ri, e eu fui a pessoa que mais riu naquela sessão do cinema, foi a que o Scott pergunta se seu amigo imaginário é um deus e ele nega, foi um dos pontos altos desta obra-prima.
Outro ponto positivo é a Teresa, interpretada pela linda Meghann Fahy, que também protagonizou o muito bom Drop - Ameaça Anônima. Assim como o Zachary, ela é muito versátil em sua atuação, talvez até melhor que o ator, pois as personagens dela em ambos os filmes são completamente diferentes, não há nenhuma semelhança exceto ser mãe. A Teresa é uma boa mãe que sabe jogar videogame, o que lembra-me a minha genitora.
Por fim, quero destacar o perdão como argumento narrativo, e ponto central da trama de Scott, que funciona perfeitamente bem nesta história. O portador de autismo também é bem fiel ao que se vê em pessoas com esse transtorno.
Apesar de tudo disso, não é um filme perfeito, tem seus defeitos, como a trilha sonora, mas nada que estrague a experiência. O pior, mesmo, foi ter apenas uma semana de exibição nos cinemas de Salvador. Um filme de nível tão acima da média devia continuar em cartaz por mais tempo.
Premonição 6: Laços de Sangue foi o primeiro filme da franquia que vi, e foi amor à primeira vista. Este é um dos melhores filmes de terror que já vi na minha vida! Não me lembro se já publiquei aqui no Aniliquajo algum texto que escrevi sobre o quanto o gênero terror conforta-me, mas este longa é o exemplo perfeito disso: um filme que não me traz desconforto nem sentimentos negativos na maioria de sua exibição, só trouxe-me alegria e pensamentos positivos.
O sexto filme da franquia foi tão bom que pretendo ver os anteriores futuramente, assim como espero que seja lançado um sétimo em breve.
Apesar de o filme estar repleto de mortes - acidentais, ainda por cima! -, a trama traz uma mensagem, de valorizar a vida e a família, muito bonita. Isso ecoa, principalmente na protagonista e no personagem de Tony Todd, que tem uma das melhores falas que já vi numa obra do gênero. Infelizmente, o ator morreu pouco depois das filmagens, mas seu legado ficará eternizado nesta franquia.
É um filme carregado de violência gráfica, mas muito emocionante e aconchegante. Além de ter seus momentos cômicos. Recomendo a todos.
O filme de My Next Life As a Villainess: All Routes Lead to Doom! Só estreou no Brasil em maio de 2025, embora tenha sido lançado originalmente em 2023. Este é o único desta lista que eu não vi no cinema, infelizmente; apesar disso, é uma história maravilhosa com os personagens da série que tanto aprecio. Só fiquei decepcionado por não ser uma continuação da segunda temporada, apenas um conto extra da franquia; fora isso, não percebi nenhum defeito. Aguardo a terceira temporada desta obra maravilhosa, mas queria, mesmo, era comprar os livros que deram origem à animação, todavia, nenhuma editora brasileira os publicou. Uma pena.
Missão: Impossível - O Acerto Final foi maravilhoso, um filme de ação com tudo o que eu podia esperar. Eu já tinha assistido ao anterior ano retrasado e adorei, mas este foi bem melhor. Espero que não seja o último, apesar do título. Mal posso esperar pelos próximos filmes do Tom Cruise!
O Esquema Fenício foi outra maravilha, mas gostei mais deste longa do que o de cima por causa do roteiro e da direção de Wes Anderson, que é um dos meus diretores favoritos. A trilha sonora é excelente, mas também não foi tão boa como a de Asteroid City. Os atores principais foram todos perfeitos, fiquei impressionado com as atuações, pois não vi com dublagem brasileira, mas legendado com o áudio em inglês. Até a Scarlett Johansson estava bem aqui, diferente do filme anterior do Wes. Uma grata surpresa foi ver o Benedict Cumberbatch nesta obra, adoro este ator, espero que ele volte a interpretar o Sherlock de Steven Moffat algum dia.
Conheci Dan Da Dan pela animação de alta qualidade, ainda legendado, mas depois fui ver dublado e foi ainda melhor. A primeira temporada é boa, mas também não é tudo isso que os fãs falam, então eu estava em dúvida se assistia à segunda, mas Dan Da Dan: Evil Eye foi anunciado para a estreia em cinemas brasileiros e decidi dar uma segunda chance, assim como fiz com Solo Leveling: O Segundo Despertar. Minha primeira reclamação é não terem traduzido o título da obra; a segunda, é não terem disponibilizado sessões dubladas, pelo menos em Salvador; e a terceira, é que houve apenas duas sessões, uma na quinta e outra no sábado! Por que esse desleixo todo? E o pior: sessões exclusivas no Cinemark, rede que só tem um cinema na cidade! E, para piorar mais, as sessões eram às 19h00. Felizmente, apesar de todos os contratempos, consegui assistir a este filme que compila um pouquinho da primeira temporada e os três primeiros episódios da temporada que estreou mês passado.
Antes de mais nada, preciso elogiar a legenda: só percebi um erro de português na exibição dela na telona. E deu para vê-la perfeitamente, diferente de outras animações japonesas legendadas que vi no cinema.
Também preciso elogiar a entrevista com os diretor e codiretor da animação no final; não sabia que um não era japonês. A exibição foi perfeita. Construção de personagens, vilões, qualidade da animação, trilha sonora, voz original: não percebi nenhum defeito. Aliás, sobre a trilha sonora, ela foi uma das melhores que ouvi no cinema neste ano. Uma pena que o arco de história não terminou na exibição. Ainda não vi a continuação, mas ela já está sendo exibida nos streamings.
M3GAN 2.0 foi uma ótima sequência, pois melhorou e muito o filme antecessor que era o velho clichê do robô assassino. Neste, a protagonista ajuda sua criadora a lutar contra inimigos mais perigosos. O começo foi chato, com palestras da Gemma sobre a periculosidade de sua própria invenção, mas, depois, foi bem divertido. A dublagem brasileira foi perfeita, com destaque para a voz robotizada da Bruna Laynes.
A Lenda de Ochi lembrou-me o ET de Spierlberg na questão da criatura estranha acolhida por uma criança, assim como lembrou-me Dias Perfeitos, pois o formato da “tela” era 3x4 e houve elementos contemplativos. A fotografia é belíssima, o bichinho e sua amiga lourinha são fofos demais e o filme tem uma deliciosa atmosfera sombria, que aparenta ser terror no início, mas vira comédia depois. Emily Watson foi outra ótima adição cuja personagem ensina sua filha a falar com os ochis. A natureza elogiada lembrou-me Anne Shirley.
Eu já esperava que A Visão fosse bom, por ser do mesmo estúdio de Som da Liberdade, mas foi ainda melhor do que eu pensava. Ele é sobre um oftalmologista chinês traumatizado pela ditadura chinesa que consegue melhorar a sua vida e de sua família indo aos EUA. Lá, depois de anos de trabalho, é reconhecido por seus esforços e ganha notoriedade, fazendo com que uma criança indiana vá buscar sua ajuda; eu esperava que ela fosse curada, mas, felizmente, não foi! Foi uma boa reviravolta. No final, o protagonista cura outra garota.
A cada nova divulgação de trailer, declarações do elenco e envolvidos na produção de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, eu só tinha certeza de que este seria mais um filme podre da Marvel, que desde Longe de Casa não me empolgava a ir ao cinema assistir ao UCM. Fiquei muito surpreso em ver duas críticas favoráveis, então resolvi conferir a curiosa nova versão dos quatro fantásticos. E foi maravilhoso!
Lembrou-me bastante Interestelar, mas sem toda a grandeza, o épico e o inteligente roteiro. De resto, estava tudo lá: bons atores, dublagem brasileira quase perfeita (só achei que a voz do Ben não combinou com ele), efeitos especiais espetaculares, um robô super carismático e boas mensagens. A história é básica, mas muito bem-feita. Até a Surfista Prateada, que deveria ser o Surfista Prateado, não me incomodou. O único defeito, além da voz do Coisa, foi o Pedro Pascal: além de feio, não sabe atuar, contudo, a voz de Glauco Marques suavizou esse problema.