Diferente de 2023, eu não li muitos livros de Agatha Christie em 2024, então também comentarei sobre obras de outros autores neste texto. Só não escreverei sobre O Chamado do Cuco, pois já o fiz. Eu não recomendo esse livro, mas, quem quiser comprá-lo, utilize meu link para associados da Amazon, pois ganho uma comissão por cliques: https://amzn.to/41q6s9x Aliás, todos os livros aqui comentados terão links para a Amazon; clicá-los e comprar os produtos ajudar-me-á.
Como eu disse no texto cujo link é o primeiro desta publicação, eu li Cai o Pano e A Terceira Moça, mas não li Nêmesis nem A Maldição do Espelho; aconteceu ocorrências que me deixaram ocupado e acabei não lendo tudo o que eu pretendia. Em compensação, li O Natal de Poirot, que é um ótimo suspense da escritora, mas não se compara com outras histórias que me agradaram mais, como Noite sem Fim e A Casa Torta. A Terceira Moça foi ainda pior: uma trama chata em que a melhor parte é o final, em que Poirot explica tudo; valeu a pena ler só pelo final. Agora, com Cai o Pano, a história é diferente: trata-se do último caso do famoso detetive, com ele e seu memorável assistente Hastings já velhos. Hercule está com um pé na cova, inclusive (não literalmente), e Arthur tem uma filha insuportável que aparece como uma das suspeitas de uma morte. Na maioria dos livros de Agatha, sempre tem um personagem desagradável assim que eu torço para ser o culpado, mas nunca é. Enfim, o enredo é genial, o leitor é conduzido a pensar em tudo, mas não se descobre quem são os culpados até o final. E que final! Amei muito, espero que Christie tenha escrito mais obras-primas que nem esta para eu ler futuramente.
Outro livro que eu amei ler foi Anne de Green Gables: a história é sobre “uma órfã que foi enviada por engano à fazenda de Green Gables, já que os irmãos Marilla e Matthew tinham a intenção de adotar um menino. Com pena da garota, resolveram mantê-la na fazenda. Com seus longos cabelos ruivos, olhos acinzentados e uma imaginação que lhe permitia viver fantasias, Anne traz reflexões e pensamentos pertinentes sobre os obstáculos e as escolhas da vida de qualquer pré-adolescente.”, como descrito em sua sinopse. A história é fofa e comovente, trata-se da vida juvenil no campo do início do século XX e tem muitos trechos marcantes e também muitas citações que gostaria de compartilhar aqui, mas me restringirei a duas: “Sinto que minha vida não foi em vão.” e "A senhora Lynde diz que estou repleta do pecado original." Além disso, há trechos do livro que descrevem toda a flora de Avonlea; achei isso chato, minha imaginação não é tão boa como a de Anne para ver tanta beleza assim num mato. Interesso-me muito mais pela fauna urbana. Mato, para mim, é comida. O que mais me incomodou foi quando Anne e Diana foram visitar a tia desta na cidade, pois a escritora não entrou em nenhum detalhe quanto às maravilhas arquitetônicas, apenas mencionou ambientes internos. Também é digno de nota que a protagonista queria conhecer a amizade masculina para expandir seus horizontes e comparar com a amizade feminina, mas era orgulhosa demais para isso; contudo, no final, ela consegue ser amiga de Gilbert, um dos maravilhosos personagens da obra.
Falei sobre um ótimo livro, agora falo sobre um que me decepcionou: O Jardim do Diabo. Como de costume, a escrita Luís Fernando Veríssimo é inteligente e a história interessante, mas os personagens são bastante desagradáveis, quiçá nojentos. Não chega a ser um livro pornográfico, mas tem muitas cenas eróticas repugnantes. Foi o primeiro romance do escritor que li e espero que os posteriores sejam mais satisfatórios. Estava mais acostumado às sacadas curtas e geniais do autor e esse relativamente longo enredo também teve bons momentos, mas não o suficiente para me fazerem elogiar esta obra.
Voltando a comentar coisa boa, declaro que finalmente li os volumes 16 e 17 de Re:Zero - Começando uma Vida em Outro Mundo. Comprei alguns volumes pouco depois de concluir a segunda temporada da animação, mas esqueci de lê-los; ou melhor, dei prioridade a outras leituras. Todavia, antes TARDIS do que nunca! Apesar dos inúmeros erros de português e alguns de tradução, foi uma leitura leve e extremamente agradável. A experiência que tive ao assistir aos episódios depois foi única. Pretendo comprar mais volumes desta série maravilhosa e lê-los antes que a quarta temporada esteja prestes a começar. Falando na animação, a dublagem brasileira é quase perfeita, pois os protagonistas são grandes nomes como Lina Mendes, Bruna Laynes, Érika Menezes, Peterson Adriano, Jéssica Vieira, Yago Machado, Priscila Amorim, Christiane Monteiro e Élcio Romar, entre outros! Entretanto, há escalações de elenco duvidosas como o medíocre Guilherme Briggs no papel de um personagem importante e Bianca Alencar, embora uma boa dubladora, numa personagem que não combina com sua voz.
Fugindo dos livros e indo aos quadrinhos, também li alguns volumes do meu amado Dr. Stone, cuja temporada final do desenho estreou em janeiro de 2025 e só terminará em dezembro. O roteiro de Riichiro Inagaki é primoroso e a arte de Boichi é linda, com detalhes que se perderam na adaptação animada. Assim como Re:Zero, a dublagem é maravilhosa, mas também tem seus problemas, como traduções questionáveis (a Luna dizer que é empoderada?!) e trocas de dubladores. O Gen já está no terceiro ator! Apesar disso, ainda prefiro ouvir dublado, pois o elenco tem grandes nomes como Felipe Grinnan, Alex Minei, Isabella Guarnieri, Arthur Machado, Renan Alonso, Bruno Casemiro e Carlos Seidl. O pior dessa dublagem é ter mudado o nome do protagonista: de Senku, virou Senkan. Só porque o nome original é engraçado a ouvidos brasileiros, não é motivo de o alterarem.
Para 2025, pretendo escrever sobre Objetivismo, cuja leitura já está em andamento. Lerei outros livros, é óbvio, mas não os listarei aqui como fiz ano passado, só menciono Mistério no Caribe, pois é quase certeza que o lerei neste ano. Em 2026, escreverei novo texto sobre minhas leituras que não tenho mais de um parágrafo para comentar, como os de Agatha Christie e alguns quadrinhos japoneses.