“Não há maldição mais deturpada que o amor.”
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Mas não me aprofundarei na série que até o momento tem apenas uma temporada. Este texto é sobre o filme que vi no cinema duas vezes. E nas duas o som das salas estava mais alto que o aceitável. Uma reclamação que não sei a quem direcionar. Culpa dos cinemas ou da distribuidora, a Sony? Tive a mesma infeliz experiência ao ver Ária de Uma Noite Sem Estrelas , espero que consertem isso para a próxima exibição de desenho japa que estrear.
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Embora o segundo longa-metragem estrelado pelo Doutor Estranho seja bom, não supera Jujutsu Kaisen 0. Aliás, nenhum filme lançado até junho de 2022 supera. Para mim, o filme do ano que vi no cinema. Apesar de ter sido exibido originalmente em 2021 no Japão.
Já no começo de Jujutsu Kaisen 0, é mostrado a dor da perda de um ente querido. O que também foi abordado em Doutor Estranho 2, mas em uma construção de personagem fraca, diferente do Yuta Okkotsu, que recebe um bom tratamento em termos de escrita. A história deste longa, além de outros assuntos, foca principalmente como a dor pode ser um instrumento de amadurecimento. Yuta sofre, mas consegue aprender a lidar melhor com a vida por causa do sofrimento. Só isso já faz desta uma história forte e impactante. Mas o melhor é que tudo nela é bem construído. A duração do filme é de quase duas horas, mas há tanto conteúdo nesse tempo que não pareceu transcorrer mais que uma hora do começo ao fim da exibição. Um enredo conciso e bem escrito.
Destaque para o personagem Panda, que fala sacanagem em sentido figurado em dado momento do filme. Não que eu tenha entendido... ou faça questão de entender. Mas gostaria de pontuar que é um dos poucos defeitos desta obra.
Assim como em Dr. Stone, o vilão mata indivíduos por um suposto bem maior, pelo mundo que ele almeja ser o ideal. Pior, ele discrimina e inferioriza quem ele julga ser fraco. E, puramente pelas fraquezas, tais indivíduos devem morrer para que os “fortes” sejam livres. Ou seja, há uma crença de que a coletividade é mais importante que o individual: o coletivismo.
Por último, o final desta história é muito lindo. Já não me refiro mais ao antagonista. Desde o início da trama, sabe-se que Yuta tem o controle do espírito extremamente poderoso de sua amiga de infância Rika. Acredita-se que ela o amaldiçoou, mas, na verdade, foi o contrário. Ele não aceitou a morte dela e, sem perceber, a fez virar um encosto. Ela já sabia, mas nunca contou para ele porque estava feliz ao seu lado. Quando ele descobre, ela sente que pode ir para o plano espiritual e deixá-lo seguir em frente.
Além disso, voltando a comentar sobre o vilão, foi bonita a relação do melhor personagem da franquia, Satoro Gojo, e seu melhor amigo... o único que ele já teve.
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