terça-feira, 8 de agosto de 2023

Slam Dunk

Este é um Simples Comentário, para saber mais, leia a introdução.

The First Slam Dunk

2022

Japão

A trama do filme segue Ryota Miyagi, membro do Shohoku e coadjuvante da obra original, numa história inédita sobre como surgiu seu amor pelo basquete e a motivação para nunca desistir.

Cinco Estrelas

Os poucos defeitos que existem não me incomodam

💕

Não acompanho esportes, mas já tinha visto Creed III e gostado, além de ter amado Re-Main, então decidi arriscar ver Slam Dunk. E minha intuição estava certa, amei o filme! E o melhor, diferente de outras animações japonesas que vi no cinema, esta não estava com o som alto demais. Está certo que parte da trilha sonora não me agradou e eu teria preferido que fosse mais baixa, mas os diálogos foram na altura ideal.

Eu li a sinopse errada da história, então foi uma grata surpresa todo o enredo. O longa-metragem é dividido entre um campeonato acirrado e a vida dos membros do time de vermelho, com foco maior no Ryota, que perdeu o pai e o irmão mais velho, acontecimentos narrados num drama emocionante roteirizado e dirigido por Takehiko Inoue, que inclusive agradeceu aos espectadores brasileiros em seu perfil de rede social.

Além do ótimo equilíbrio entre cenas da vida de Ryota e dos outros participantes do Shohoku e cenas do campeonato decisivo, The First Slam Dunk conta com ótimos períodos de silêncio para criar uma atmosfera reflexiva e certa tensão na plateia. E o melhor, diferente de Oppenheimer, não há susto depois. A trilha sonora é muito mais agradável aqui do que no filme do cientista estadunidense pai da bomba atômica, mesmo que não tenha me agradado tanto. Assistir a Slam Dunk no cinema foi uma experiência maravilhosa, não só por sua animação primorosa e história comovente, mas também pelo som da produção; dava para notar a diferença entre o som dos jogadores e o da plateia nas arquibancadas; o som meio abafado quando a pressão crescia nos jogadores e até ouvir o pulsar dos corações eu ouvi, sem me incomodar. Este não é um filme de terror, mas de esperança e superação.

Depois de Suzume, este é o melhor filme que vi este ano. A obra que estreou em dezembro de 2022 no Japão e só chegou este mês no Brasil faz parte de uma franquia que conta com quadrinhos e uma série produzida pela Toei disponibilizada no YouTube.

Para finalizar, gostaria de mencionar que o "careca vermelho", como é chamado no filme, dá um mal jeito nas costas que a assistente do time diz que pode acabar com a carreira dele, mas ele correu e pulou tanto depois disso que não deve ter sido nada de mais.

A dublagem brasileira é maravilhosa, um ponto positivo do filme que eu não poderia deixar de citar. Ryota, nossa prota, é dublado pelo Daniel Figueira, que também dá a voz a Gen Asagiri de Dr. Stone. Hanamichi Sakuragi, o careca vermelho, é dublado por Heitor Assali, que também dá voz ao Oni aranha Irmão mais velho de Kimetsu no Yaiba. Kaede Rukawa, o ex-cabeludo, é dublado por Lucas Funchal, que também dá voz a Gusion Sunny Grave de Welcome to Demon School! Iruma-kun. E o golias Takenori Akagi é dublado pelo Gabriel Noya, que também dá voz a Shang-Chi em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, Tenya Iida em My Hero Academia, Gus Griswald em A Hora do Recreio, Paco também em As Aventuras de Jackie Chan e Garoto Chocolate também em Ei, Arnold!. O resto dos dubladores também é um elenco maravilhoso, mas eu preferi focar só nesses personagens que eu mais gostei, para não me estender muito.