Este é um Simples Comentário, para saber mais, leia a introdução.
Digimon Adventure 02: O Início
Digimon Adventure 02: The Beginning
2023
Japão
Dez anos se passaram desde a aventura no Mundo Digital. Situado em 2012, Daisuke Motomiya tem agora vinte anos, e ele e o resto dos escolhidos parecem mudar pouco a pouco em termos de aparência e estilo de vida. Então, um dia, uma gigantesca Digitama aparece de repente no céu sobre a Torre de Tóquio. Daisuke e os outros conhecem um jovem misterioso chamado Lui Ohwada, que os informa que ele é o primeiro escolhido humano do mundo.
Quatro Estrelas
Ótimo, mas com uma história bem simples
💕
Quando criança, eu assistia a Digimon na televisão e comprava álbuns e figurinhas desses monstros digitais. São belas lembranças, mas não sobreviveram ao desgaste do tempo. Agora adulto, revi os primeiros episódios do desenho animado e percebo que já não me encanta mais como antes. A história tem um bom suspense, mas o roteiro e a qualidade da animação são fracos, se comparados com os desenhos japoneses destinados a públicos mais amadurecidos. Nada que tire o mérito da obra que me fascinou quando pequeno, é só que agora não é mais para a minha pessoa. O tempo em que eu me divertia com Digimon já passou. Mesmo assim, fui ao cinema ver o novo filme da franquia e não me arrependi. Não é maravilhoso como eu esperava (até porque eu vi legendado; e as legendas continham vários erros), mas entrega uma ótima experiência, apesar de a história ser meio esvaziada de emoções mais fortes. Não me emocionei assistindo ao longa-metragem, contudo, foi bom rever personagens outrora tão queridos por mim e cenas de eles digivoluindo.
Aviso: este texto contém revelações sobre o enredo.
O foco deste filme é o novo personagem, Lui Ohwada, um digiescolhido que sobe a Torre de Tóquio e é salvo por Davis e Ken junto de seus digimons. Nisso, o misterioso rapaz insinua que a relação dos monstrinhos com os humanos é uma relação de escravidão. Infelizmente, é uma acusação infundada que não é explorada na trama. Mais à frente, descobrimos que esse pensamento de Lui foi causado por um desentendimento entre ele e Ukkomon, o digimon dele. Voltando um pouco no longa, Davis, Ken e seus parceiros digitais resolvem ajudar Lui a chegar até o digiovo (ou digitama) que está em cima da Torre. Chegando lá, eles voltam ao passado e veem Lui criança e sua mãe desnaturada, que o põe para fora de casa sem comida e com frio. É aí que surge o Ukkomon, um amigo que o Lui precisava! O problema é que este percebe que o monstro digital está mudando demais todos ao seu redor. Lui surta quando descobre que é Ukkomon quem deu uma sobrevida aos seus pais, pois, do contrário, eles morreriam, e briga com seu amigo, fazendo com que ele fique triste e vá embora. Em suma, a história toda do filme se resume nesse mal entendido entre os dois.
Quando voltamos ao presente, o digiovo choca e há belas lutas entre um Ukkomon gigante e os protagonistas da série de 2000–2001, dando oportunidade a Lui de conversar com seu amigo de infância. Eles se entendem e o digimon jura reencontrá-lo no futuro. Lui, então, pede a seus novos amigos para derrotarem essa versão gigante de seu primeiro amigo e é o que fazem. O que surpreende no final é que todos os digivices, os dispositivos que conectam os digimons a seus humanos, somem. Todos os digivices de todos os humanos, mas os monstrinhos continuam a manter um laço de amizade com as pessoas. A questão é que a suposta escravidão que Lui insinuou é revelada sendo, na verdade, os digivices que Ukkomon criou para conectar digimon e humano e, assim, cultivar muitos amigos para Lui, o que ele desejava quando criança. O que Lui descobriu, agora adulto, é que o laço entre monstros e pessoas não era algo forçado pelo Ukkomon, mas uma amizade sincera entre ambos os lados. Os digivices eram meros símbolos, por isso não houve nenhuma mudança quando eles sumiram.
Como eu escrevi no início, é meio vazio. Apesar de estar muito longe de ser um Suzume (o melhor filme que vi em 2023), ainda gostei de experienciar esta obra no cinema e estou animado para o futuro da franquia.